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quinta-feira, 16 de julho de 2009


Outro conceito de amor livre

Alguns podem a priori não admitir mas, todos nós sentimos falta de amor. Amor este que não precisa ser necessariamente um amor a dois, mas um amor de mãe para filho, entre amigos, entre pessoas que você nem sabe o nome mas sente um enorme carinho, enfim o importante mesmo é o amor incondicional, daqueles que a gente nem sabe explicar direito por que sente.
Deste modo não há como negar que a maior parte do tempo somos carentes de amor verdadeiro. Porém erroneamente, nos restringimos a viver somente a forma que acreditamos ser a mais intensa do que representa este sentimento: o amor entre duas pessoas, o amor romântico de finais felizes dos filmes de Hollywood. Penso que se basearmos a vida toda neste tipo de amor, seremos eternos frustrados, pois este é só um entre vários que poderiam existir em nossa vida.
Porém neste texto não irei abordar as várias formas de amar, pois estes serão temas para mais textos, mas somente um que ultimamente anda me intrigando, este tal amor á dois.
Convencionou-se dizer que, uma pessoa que não se envolve amorosamente, é infeliz, depressiva, ou na pior das hipóteses rejeitada e mal amada. Não passa pela cabeça das pessoas que esta pessoa decidiu isto para sua vida, e que vive portanto, outras formas de amor e estas a completam, e assim ela se senti feliz.
Alguém que deposita o seu amor somente nas mãos de um parceiro, estabelecerá uma relação de dependência. Em alguns casos não há problemas na dependência e é possível que algumas pessoas até gostam de tal dependência, pois ela se torna um vicio, mas o que quero dizer é que para o amor a dois, é preciso primeiramente amar a si próprio e que este só será bem sucedido, caso haja uma palavra mágica chamada liberdade.
Tem pessoas que pensam que namorar ou casar é ter um contrato de posse, porém o livre- arbítrio, a individualidade do ser, são anteriores a qualquer relacionamento. Quando se está no êxtase da paixão, esquecemos de nós mesmos. Se ambos respeitassem estes princípios, seria talvez a maior prova de amor.
Todas as vezes que depositamos nossa felicidade nas mãos de alguém tendemos a nos machucar, por que somos nós os responsáveis por ela. E quando a pessoa amada não correspondente as expectativas o amor acaba.
Calma, não estou erguendo bandeira abaixo ao amor, mas ao contrário, estou dizendo que para que o amor tenha mais vida útil, é preciso que se tenha amor à existência primeiramente sua e compreender a de quem amamos.
Ninguém é de ninguém, não adianta amarrar a pessoa ao pé da cama, não desejar que esta tenha amizades com outras pessoas, enfim pensar o mundo dos dois deve restringir aos dois...Isto é perda de tempo...ao invés de somar, este amor irá subtrair. Por que sentiremos falta do mundo que existia antes daquela pessoa surgir e estaremos em um impasse.
Portanto o amor deve ser livre, pois não dá pra ficar brincando de mãe Diná e prevendo o que vai acontecer amanhã. A pessoa pode estar morando com você, no Japão, ou em qualquer deste vasto planeta, mas um belo dia a pessoa amada (ou você) pode colocar o lixo na rua e encontrar outra pessoa e os caminho dela (ou o seu) pode mudar...e como evitar isso?Seria loucura pensar que isto pode ser evitado. Sei que o mundo todo está de cabeça para baixo, e o mercado de solteiros está cada vez maior, com isso aos nossos olhos pode parecer que a cada esquina existe uma oportunidade de quem amamos encontrar com outra pessoa, e o fantasma da traição dos tempos modernos insiste em nos perseguir...
... Mas se isto que nos apavora é porque não temos confiança e somos inseguros no que somos e o que ainda não sabemos o que viemos fazer neste mundo e o pior de tudo não confiamos no que estamos vivendo.
Portanto sejamos livres nos nossos amores pra viver intensamente cada momento, tendo consciência de que tudo nesta vida é passageiro, só que alguns o tempo é maior, outros menor, mas nada é eterno...
Sejamos compreensivos, maduros, e respeitosos a ponto aceitar a existência do próximo, que cada um tem suas escolhas, sonhos, vontades, e com isso deixaremos de ser tiranos de vida alheias...Acredito que se for amor mesmo, daqueles de tirar o fôlego, amolecer as pernas, deixar o coração parecendo que vai sair da boca, o amor pode ser livre...
Afinal não há o que temer, por que o que é do homem o bicho não come...

“Eu trocaria a eternidade por esta noite...” Nando Reis

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